Ir a banhos

Água fresquinha, quem quer?
Na bilha de barro a saltar...
A dois tostões a caneca,
como foi bom recordar!

E a venda de tremoços
era o que se comprava então
uma medida pequenina
custava meio tostão...

Mas quando as gentes antigas
iam para a praia a banhos
levavam sempre o farnel,
no cesto de verga à cabeça
amarrado com um cordel.

Foi muito bom recordar,
outras formas de trajar
de ser e de estar,
dos tempos que já lá vão!
Ó linda praia de Espinho
continuas a encantar...
por causa do teu lindo mar!

Verum genus

Verum genus

Contavam os antigos pescadores
que um  dia, não sei bem, há muito tempo,
por águas "luzas", o rosto ao vento,
aqui chegaram fortes remadores.

Vencendo o fogo, temporais, areia…
na mente o sonho e determinação,
de filhos à ilharga ou pela mão,
quais Déboras da antiga Galileia,

Vieram as mulheres, para gerar
história linda a página inteira.
No chão montaram cama para amar.

Nessa noite e na duna mais fagueira
veio ao mundo Espinho e viu o mar,
parido na praia por mãe vareira.

Fernanda Miguel
Fevereiro/2000

Fado d'Espinho

Fado d'Espinho - Orfeão de Espinho